“Solidões”: o segundo longa-metragem de Oswaldo Montenegro
Premiado e elogiado pela crítica com “Léo e Bia” (2010), seu primeiro longa-metragem, Oswaldo Montenegro lançou em 2013 "Solidões”, seu segundo filme, que contou com Vanessa Giacomo, Renato Góes e o próprio Montenegro no elenco.
“Seria muito difícil apontar a principal qualidade que faz do filme “Solidões” uma obra tão especial. É um daqueles raros filmes que continuam conosco durante muito tempo, mesmo depois de termos deixado a sala de cinema. Talvez o motivo disso tudo resida no fato de Oswaldo Montenegro saber, como ninguém, despertar as emoções e sentimentos muitas vezes esquecidos dentro de nós, tanto através de sua música como de seu texto.
Mostrando um profundo conhecimento da linguagem cinematográfica, a ponto de subverte-la com extrema coerência, Montenegro nos mostra os vários aspetos da solidão através de histórias muito bem costuradas e que jamais se tornam episódicas, graças à força de seu texto e a uma montagem brilhantemente caótica. Com uma bela fotografia capaz de retratar, com igual eficiência, ambientes intimistas e as paisagens mais exóticas do sertão, Oswaldo nos prova que técnica e emoção podem caminhar perfeitamente juntas, e nos presenteia com esse que é, sem dúvida alguma, um dos filmes mais originais dos últimos anos”, escreveu Paulo Henrique Fontenelle, premiado diretor dos filmes Loki e Dossiê Jango.
Realizado com recursos próprios e a Coprodução do Canal Brasil, “Solidões” vai do riso ao drama, do musical ao documentário, da comédia romântica à sátira cruel, em várias histórias que se ligam, se encontram.
Vanessa Giacomo, além de narrar o filme, interpreta uma mulher que perde a memória e rejeita sua vida anterior se recusando, a partir daí, a ter contato físico ou emocional com qualquer ser humano. Oswaldo Montenegro, no papel do “demônio”, enfrenta sua solidão andando pelo mundo, morrendo de saudade de Deus. Um diabo sádico, divertido, que sai por aí oferecendo infinitas possibilidades aos solitários, caso aceitem suas inusitadas condições e exigências.
Há ainda muitos outros personagens, muitas outras solidões: o incrível “Palhaço Cocada”, de 95 anos, interpretando a si mesmo (o palhaço mais velho do Brasil) em momentos engraçados e dilacerantemente ternos. Uma mulher que, num bar, espera até de manhã por seu namorado, sem se convencer de que ele não vem. Um cantor que sai de Minas certo de fazer sucesso no Rio de Janeiro e vira músico de rua. Um sertanejo que abandona seu ninho achando que vai “ganhar o mundo” e ser feliz. Todos misturados à solidão de atores fazendo testes e tentando entrar para esse filme, num painel divertido e cruel, em que uma roda gigante gira em grande velocidade, mantendo todos absolutamente sós.
As músicas de Oswaldo Montenegro permeiam e ligam esses episódios, como rios que vão desembocar num único final: a conclusão clara de que 90% das atividades humanas existem para diminuir ou suavizar a solidão e de que só o afeto pode trazer algum resultado.
“Solidões” foi rodado nas dunas de Arraial do Cabo (RJ), no cerrado de Brasília, no agreste de Pernambuco, no Rio de Janeiro e em Piraí (RJ).
“O filme é de uma plasticidade incrível, muito criativo, e a trilha musical é 10! Bom demais”. Roberto Menescal (músico, compositor, produtor).
“Solidões” é bem dirigido, bem fotografado, muito bonito, tem canções lindas; uma história que envolve a gente”. Geraldo Azevedo (cantor e compositor).
"Solidões, de fato, não é um filme comum”. Ricardo Diniz, crítico.
“A mistura da religiosidade, situações pitorescas e o medo da solidão fazem do filme algo único, bem diferente do que se vê em cinema. O resultado é surpreendente e divertido”. Cláudia Felício, jornal O Fluminense.
David Arrais (Crítico de Cinema):
“O posicionamento de contestação religiosa, com um senso exacerbado de ironia, está presente em grande parte da trilha sonora e em alguns diálogos preciosos”.
“A fotografia, em perfeita sintonia com a direção de arte, também merece destaque. A transição do preto e branco para o colorido depois que alguém tranca a porta de um cômodo é brilhante”.
“O diretor se mostra seguro ao passear por tantos gêneros dentro de uma mesma obra. Há passagens com teor erótico filmadas com a mesma competência de passagens mais simples”.
“Menção honrosa” para Oswaldo Montenegro, que rouba a cena como o Diabo, em uma das melhores sequências do longa”.
Ficha técnica:
Roteiro, Música e Direção: Oswaldo Montenegro
Empresa produtora: Oswaldo Montenegro Produções Artísticas
Coprodução: Canal Brasil
Supervisão de Fotografia: André Horta
Elenco:
Vanessa Giacomo, Oswaldo Montenegro, Pedro Nercessian, Eduardo Canto, Renato Luciano, Kamila Pistori, Palhaço Cocada, Madalena Salles, Gabriela Carneiro da Cunha, , Paulinho Dias, Léo Pinheiro, Isaac Araújo, Jordana Paulista, Emilie Biason, Pierre Santos, Larissa Landin, Luciana Moreno, Cristina Prochaska, Maria Helena Dutra, Ariella Braz, Stefânia Ferreira, Renato Góes, Mayara Millane, Maria da Silva, Espedito da Silva, Luis da Silva, Tchello Palma, Verônica Bonfim, Paulo Moreira, Alethea Miranda, Mariah Morena
Supervisão de montagem: Pedro Gracindo
Edição: Glaúcio Ayala e Oswaldo Montenegro
Edição episódio “Mulher no Bar”: Raphael Dias e Oswaldo Montenegro
Direção de fotografia e câmera:
Episódios: “Solidão de Mineiro”, “Solidão no agreste”, “Puta Cristã”, “O Garçom”, “Demônio na Escadaria”, “O homem e ele mesmo” - Gláucio Ayala
Episódios: “Mulher no Bar”, “Mulher Sem Memória” e “Solidão do demônio”- André Horta.
Episódio: “Casal que dança” - Pato Sardá
Episódio: “Palhaço Cocada” - Ian Ruas
Cenas adicionais: José Amarilho Junior, Ian Ruas, Pato Sardá, Renan Marques, Frederico Lessa
Textos: Oswaldo Montenegro
Texto “Claudiney” : Oswaldo Montenegro, Emilio Dantas e Léo Pinheiro
Frase: “Viúva erótica limpa sua casa enquanto trepa com você” extraída do texto “Viúva” de: Maria Adelaide Amaral
Assistente de direção: Madalena Salles
Direção de arte: Carmen Navarro
Confecção de manequins: Ian Ruas, Frederico Lessa, Vanessa Viana
Produção: Kamila Pistori
Produção executiva: Madalena Salles
Produção episódio “Agreste”: Rondó Produções e Lula da Costa Pinto
Produção episódio “Mulher no Bar”: Kamila Pistori, Oswaldo Montenegro e Visom Digital
Produção episódio “Casal que dança”: Renan Marques
Assistentes de produção: Paula Horta, Ian Ruas, Frederico Lessa
Efeito “Piscada da estátua”: Douglas Soares
Coreografias: Ariadna Vaz, Isaac Araújo e Jordana Paulista
Som direto: Felipe Machado, Gláucio Ayala, Paulo Gustavo, Paulo Carvalho, Diego do Valle e Carlos de Andrade
Som “Solidão de mineiro”: João Thiré
Mixagem: Alexandre “Meu Rei” e Diego do Valle
Mixagem final: Alexandre “Meu Rei”
Assistente de áudio: Peppe Souza
Desenho de Som episódio “Mulher no Bar”: Leonardo Alcântara e Carlos de Andrade
Mixagem de Som episódio “Mulher no Bar”: Fábio Guimarães
Finalização episódio “Mulher no Bar”: André Tavares
Assistentes de câmera: Felipe Bibian e Fabio Serfat
Produção de elenco: Cibele Santa Cruz e Rondó Produções
Elenco de apoio:
Frederico Lessa, Diego Fernandes, Ian Ruas, Paulo Navarro, Caio Ruas, Gordo Marques, Clarissa Bárbio, Eduardo Cortazio, Carlito Dias, Marcio Mecca, Vinícius de Oliveira, Érika Lessa, David Carvalho, Lila Shakti, Fernando de Souza, Taís Alvarenga, Taiana Bastos, João de Deus , Antônio de Souza, Anderson Mathias, Paulo Silveira, Vanessa Viana, Andressa Lessa, Camila Paz, Guilherme Jacobs, Claire Digonn, Pedro Pso, Mariana Correa, Barbara Garcia, Tainá Bevilacqua, Gabriel Bernardes, Carina Eiras, João Brack, Marcela Galvão.
Maquiagem: Sônia Penna e Ancelmo Saffir
Eletricistas: Raphael Santana e Brendan Faust
Maquinista: Odilon da Silva
Motorista: Paulo Navarro
Secretária: Dedé
Músicas instrumentais: Oswaldo Montenegro
Músicas:
Amores (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Cristal (Oswaldo Montenegro) Voz Eduardo Canto
Torre de Babel (Oswaldo Montenegro) Vocal Mércia Maruk
Amor Medieval (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Olhos (Oswaldo Montenegro) Voz Eduardo Canto
Asas (Oswaldo Montenegro) Voz Renato Luciano
This is the history (Oswaldo Montenegro) Voz Paulinho Dias
Asas (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Peixinho - vinheta (Léo Pinheiro, Emilio DantasVoz Léo Pinheiro
Solidão de Mineiro (Oswaldo Montenegro) Voz Renato Luciano
Quem é que sabe? (Oswaldo Montenegro) Voz Renato Luciano
Pra ser feliz (Oswaldo Montenegro) Voz Eduardo Canto
Solidões (Oswaldo Montenegro) Voz: Oswaldo Montenegro, Eduardo Canto e Renato Luciano
Anda (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Sexo (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Meninos do Brasil (Oswaldo Montenegro) Voz Renato Luciano
Só (Oswaldo Montenegro) Voz Tchello Palma
Sempre não é todo dia (Oswaldo Montenegro e Mongol) Voz Verônica Bonfim
A lógica da criação (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Fruta Orvalhada (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Cantiga do Cego (Oswaldo Montenegro e Mongol) Voz Espedito
Adeus João (Oswaldo Montenegro e Mongol) Voz Raíza
A lista (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Amores – versão 2 (Oswaldo Montenegro) Voz Oswaldo Montenegro
Poema “A Ilha” (Oswaldo Montenegro)
“Hino do Município de Coração de Jesus” – autor desconhecido
Editora: Warner Chappell
Arranjos: Oswaldo Montenegro
Violoncelos: Lui Coimbra e Janaína Salles
Guitarra e baixo: Alexandre “Meu Rei”
Fagote: Noël Devos
Flautas: Madalena Salles
Pianos: Caíque Vandera, Oswaldo Montenegro, Dudu Viana e Yan Montenegro
Violões 6 e 12 cordas: Oswaldo Montenegro
Bateria: Pedro Mamede
Assovio: Oswaldo Montenegro
Coro: Eduardo Canto, Oswaldo Montenegro, Paulinho Dias, Raíza, Renato Luciano e Caíque Vandera