Ficha Técnica:
Engenheiro de Som e Mixagem: Alexandre Meu Rei
Arranjos: Oswaldo Montenegro
Músicos:
Milton Guedes:Gaita e Assovio
Madalena Salles: Flautas
Lui Coimbra: Violoncelo
Alexandre Meu Rei: Violões, Guitarra e Baixo
Caique Vandera: Sanfona, Piano e Teclados
Pedro Mamede: Bateria e Percussões
Sergio Chiavazzoli: Bandolins
Oswaldo Montenegro: Violões, Piano, Teclados e Triângulo
Oswaldo Montenegro, Zé Alexandre e Eduardo Canto: Coro
Mayã, os olhos da cor lilás
A grande paixão do rei
Há mais de um milênio atrás
Messalina Mayã
Andava só por andar
Andava por onde andei
Os olhos de velha e o ar de menina
Mayã andava só por andar
Andava por onde andei
Só pra recolher no ar o que deixei
Teu povo todo já morreu
Asas sangrando no chão
Foi inveja
Eu me vesti de cigana
Pra cantar o sol
Fiz comício e deu cana
Pra cantar o sol
Ah, que riso bacana
Pra cantar o sol
Virtuosa e profana
Pra cantar o sol
Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol
Fui quem se dava e se dana
Pra cantar o sol
Quem se empolga e cigana
Pra cantar o sol
Quem teu hálito abana
Pra cantar o sol
Quem não mente, te engana
Pra cantar o sol
Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol
Fiz do meu corpo cabana
Pra cantar o sol
Fiz de um ano semana
Pra cantar o sol
Fiz do amor porcelana
Pra cantar o sol
Fui cigarra e cigana
Pra cantar o sol
Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol
Fui tua mão que te esgana
Pra cantar o sol
O que o brilho não empana
Pra cantar o sol
Meu amor tinha gana
De cantar o sol
Virgem santa e sacana
Dança, dança, dança...
Batendo pernas
Correr mundo afora
Vitrine do mundo
Lugares à mão
Ir onde seus olhos forem
Seguindo as palavras secretas do seu coração
Descer os rios da vida.
Pegar avenidas, escadas,
Ladeiras, metrôs
Conhecer tudo que é esquina
Nas águas das linhas estreitas de um ferry-boat
Coração de um mundo inteiro
Um abraço estrangeiro e tão familiar
Até se encontrar
Vestir estampas de bali
As jóias de Itália
E o xale das moças de Avis
Sentir no ar o perfume barato
Dos becos escuros da velha Paris
Pegar um barco de junco
Um cesto de vime
Deixando pra sempre Xangai
Tomar os mares de Espanha
“No creio em las brujas
Pero que las hay las hay”
Coração de um mundo inteiro
Um abraço estrangeiro e tão familiar
Até se encontrar
Mesmo que já fosse muito tarde
Pus as sombras da minha vida
Sobre as linhas de suas mãos
Tantos desacertos e disfarces
Coisas do meu coração
E engraçado é que eu não tinha medo
Que você me revelasse
Desenhasse os meus segredos
Sobre as linhas de outras mãos
Mesmo que já fosse muito tarde
Fiz silêncio em minha vida
Quando a gente se calou
Hoje evito ruas e olhares
Cruzamentos que se andou
Porque agora, eu juro, tenho medo
Que em tormento pelos bares
Você conte assim nos dedos
O que sonho e como sou
Quanto o sol mais se esconde
Aonde eu te perdi
Tenho as asas de sonho
De indefeso Passarim
Joga a primeira pedra
Pousa os olhos em mim
Sou como um rio descoberto
Só de saudades de ti
Céu das cidades satélites
Luzes que enxergo daqui
Guia do instante em que estou eu só
E que me entrego pra ti
Diz onde é que eu te encontro
Que eu já não tenho onde ir
To cansado de abandono
Quero um colo pra dormir
E a senhora ainda quer que eu relaxe, madame?
Ainda quer que eu relaxe?
Me tiraram da cama morrendo de sono
Só com a roupa de baixo
Me largaram no mundo morrendo de fome
Só com a cara e a coragem
Me disseram que a vida era um caldo de cana
E que tudo era fácil
Eu não sei se consigo o relax, madame
Mas lhe juro, eu sou macho!
E a senhora ainda quer que eu relaxe, madame?
Ainda quer que eu relaxe?
Peguei uma carona num carro-de-mão
As mãos sujas de graxa
Fui pra todo lugar feito pano de chão
Tudo a toque de caixa
Me disseram que vida era um eterno tesão
Ó minha cara de tacho!
Eu não sei se consigo o relax, madame
Mas lhe juro, eu sou macho!
E a senhora ainda quer que eu relaxe, madame?
Ainda quer que eu relaxe?
Vem, que eu sonhei com você
Vem bonito me ver, acordar os cristais
Corre, depressa me ver
Que eu já vejo os navios
Deixando o cais
Brilho das pedras do fundo do mar
Por onde te bates
Vem, que só vendo pra crer
Vem bonito pra mim
Que nem eu compreendi
Que era verdade
Tempo das águas de muitas marés
Me conta quem és
Vem, que eu contei com você
Vem bonita pra mim
Que eu me comprometi
Com a felicidade
Tendonaispredomaris
Tendonais oh
Tendonaispredomaris
Tendonais oh
Tendonaispredomaris
Tendonais oh
Sem letra